O município de Porto Velho foi contemplado para participar do estudo sobre a Prevalência de Infecção da Covid-19 (PrevCov), desenvolvido pelo Governo Federal, sob a coordenação do Ministério da Saúde (MS). A pesquisa na Capital está sendo realizada em parceria com o Governo de Rondônia, por meio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), Secretaria Estadual e Municipal da Saúde que supervisiona a execução do estudo.
O inquérito sobre a prevalência da covid-19 acontece nas capitais e nas suas regiões metropolitanas, envolvendo 274 municípios do Brasil, o equivalente a 211.129 domicílios. O PrevCov é uma iniciativa do Ministério em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e será uma das pesquisas de maior abrangência sobre o tema nas Américas e no mundo. Tem como objetivo estimar a prevalência da infecção pelos vírus SARS-CoV-2 em residentes do Brasil com estimativas para as capitais, unidades federadas e regiões metropolitanas de capital.
Técnica da SVS/Ministério da Saúde apresentando a PrevCov aps profissionais da Agevisa
No município de Porto Velho, a PrevCov está sendo realizada em residências selecionadas pela Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (Pnad 2020) do IBGE, onde foram selecionados 1.011 domicílios, envolvendo 3.439 pessoas residentes no município, durante todo o mês de setembro.
Os participantes serão testados para identificar a presença de anticorpos para a covid-19, apontando quem já foi infectado ou desenvolveu resposta imunológica após a vacinação. O estudo de soroprevalência vai demostrar a magnitude de circulação do vírus na Capital. Os resultados dos exames dos participantes servirão como uma amostragem para a pesquisa, indicando qual é o cenário epidemiológico na Capital e no Estado.
“A partir dos dados coletados, será possível observar as características socioeconômicas e epidemiológicas dos participantes, bem como ajustar os cálculos relacionados ao coeficiente de mortalidade da doença, fornecendo subsídios para que possam ser traçadas as melhores políticas públicas no enfrentamento da pandemia pelas autoridades de saúde em Rondônia”, explicou o diretor-geral da Agevisa, Gilvander Gregório.
As informações sobre a identificação dos participantes são sigilosas. O contato junto a essas pessoas selecionadas, primeiramente acontece por ligação telefônica, com reforço por mensagem de texto ou pelo Whatsapp, para para confirmação de dados e participação na pesquisa. A adesão é voluntária e menores de 18 anos precisam ter a autorização de pais ou responsáveis.
“Depois da confirmação dos dados, o agendamento para coleta de sangue é realizado de acordo com o dia e horário definido pelo participante. Os técnicos, devidamente habilitados e capacitados que farão a coleta nas residências estarão uniformizados com crachás de identificação e camiseta com a marca da campanha”, explicou Gregório, ressaltando ainda, que os participantes terão acesso ao exame de forma individual.
Para a interlocutora do Ministério da Saúde na Agevisa, Viviane Alves, essa é uma ação extremamente importante, não somente para a Capital, mas para o Estado de Rondônia. “A Pesquisa de PrevCov é estudo um inquérito soroepidemiológico nacional que pode fornecer informações que apoiem a tomada de decisão baseada em evidências, embasando as respostas em saúde pública, nos mostrando a distribuição da covid-19 e sua dinâmica de transmissão, sinalizando como a doença varia ou variou de acordo com o cenário específico das populações afetadas, e nos diferentes recortes geográficos”.
Em Porto Velho está na fase de coleta de dados e de amostra biológica. A pessoa selecionada responderá um questionário e a coleta se dará após assinatura do Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE).
COMO ACONTECE PESQUISA
A 1ª etapa finalizada foi em 9 de agosto – Ministério da Saúde entrou em contato com as pessoas selecionadas pelo Whatsapp para informar sua participação na pesquisa, realizar entrevista (etapa finalizada) e agendar coleta de material biológico de todos os moradores da residência. (etapa finalizada);
A 2ª etapa em andamento – em Porto Velho a previsão de finalização da investigação é até 30 de setembro; Profissionais de saúde de laboratório do Grupo Pardini (empresa contratada) farão o primeiro contato diretamente na residência para coleta da amostra de todos os moradores que quiserem participar da pesquisa após a assinatura do TCLE. As amostras serão processadas e encaminhadas à Fiocruz que realizará a análise das amostras.
A 3ª etapa – Fiocruz recebe as amostras, analisa, emite resultado, devolve o resultado ao usuário. Os resultados dos exames podem ser consultados pelos participantes, em sistema próprio elaborado para a pesquisa; quaisquer instruções específicas serão fornecidas no momento da coleta. Após a análise, as amostras ficarão armazenadas em um Biobanco na Fiocruz do Rio de Janeiro. Posteriormente, o Ministério da Saúde apresentará os resultados do estudo nas plataformas oficiais.