Tenista ucraniana diz que russos e bielorrussos que são contra a guerra não devem ser banidos

Tenista ucraniana diz que russos e bielorrussos que são contra a guerra não devem ser banidos

Declaração de Elina Svitolina, número 25 do mundo, é reação ao anúncio de que atletas dessas nacionalidades não poderão disputar o torneio de Wimbledon este ano

Porto Velho, RO -
A tenista ucraniana Elina Svitolina disse nesta quinta-feira que atletas russos e bielorrussos que denunciam a invasão de seu país por Moscou deveriam ter permissão para participar de Wimbledon. A organização do torneio anunciou na quarta-feira que competidores dessas nacionalidades seriam banidos este ano. Os órgãos dirigentes do tênis masculino e feminino criticaram a decisão.

Ela significa que nomes como o do russo Daniil Medvedev, número dois do mundo, e da bielorrussa Aryna Sabalenka, quarta colocada do ranking feminino, estão fora de Wimbledon, que acontece de 27 de junho a 10 de julho.

Número 25 do mundo, Svitolina juntou-se a outras jogadoras ucranianas na quarta-feira para buscar a proibição de atletas russos e bielorrussos de competições internacionais, mas pareceu suavizar sua posição em entrevista à "BBC" no dia seguinte.

"Não queremos que sejam completamente banidos", afirmou ela: "Se os jogadores não se manifestam contra o governo russo, então é a coisa certa a bani-los. Só queremos que eles se manifestem, se estão conosco e com o resto do mundo ou com o governo russo. Esse é para mim o ponto principal. Se eles não escolheram, não votaram neste governo, então é justo que possam jogar e competir."

Svitolina, que ainda tem amigos e familiares na Ucrânia, acredita que os jogadores russos e bielorrussos precisam fazer mais. Medvedev postou um pedido de paz no Twitter em fevereiro, enquanto seu compatriota Andrey Rublev escrevia "Sem guerra, por favor" na lente de uma câmera de TV a caminho de conquistar o título de Dubai.

"Posso contar nos dedos quantos jogadores russos e bielorrussos me perguntaram como estou, como está minha família, se todos estão seguros", contou Svitolina: "É por isso que me sinto triste com essa situação. Pessoalmente, algumas pessoas deveriam fazer um pouco mais do que fizeram. É misterioso. A forma como os jogadores russos e bielorrussos têm agido é muito triste. Somos colegas que nos vemos todas as semanas, por isso é chocante ver esta mudança tão rápida."


Fonte: O GLOBO
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