Renda dos brasileiros cai para o menor patamar desde 2012

Renda dos brasileiros cai para o menor patamar desde 2012

 Pandemia e redução de beneficiários do Auxílio Emergencial foram principais responsáveis pelo panorama

Porto Velho, RO - O rendimento mensal real da população teve queda recorde e atingiu o menor patamar da série histórica, iniciada em 2012. Dados divulgados nesta sexta-feira (10/6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a redução de beneficiários do Auxílio Emergencial durante a pandemia fez a renda cair.

No ano passado, a renda média mensal domiciliar per capita foi de R$ 1.353. É o menor valor em 10 anos, considerando a série histórica da pesquisa iniciada em 2012. As informações constam na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) de 2021.

A pesquisa aponta queda generalizada entre as diversas fontes que compõem a renda do brasileiro na passagem de 2020 para 2021 — efeito da pandemia de Covid-19, doença causada pelo coronavírus.

Segundo o instituto, também foi identificado aumento da proporção de pessoas que vivem sem qualquer tipo de rendimento no país.

Ainda de acordo com o levantamento, o rendimento mensal médio real de todas as fontes no país passou de R$ 2.386, em 2020, para R$ 2.265, em 2021 – valor mais baixo desde 2012. Naquele ano, quando teve início a série histórica da pesquisa, a quantia era estimada em R$ 2.369 (já descontada a inflação do período). Esse recuo corresponde a uma queda de 5,1%, a mais intensa da série.

Até então, a maior queda da renda mensal real no país, considerando todas as fontes de rendimento, havia sido de 3,4%, registrada na passagem de 2019 para 2020, puxada pelo alto nível de desemprego provocado pela pandemia.

Veja a renda média anual do brasileiro, segundo o IBGE:

    * 2012 – 1.417

    * 2013 – 1.464

    * 2014 – 1.505

    * 2015 – 1.458

    2016 – 1.439

    * 2017 – 1.445

    * 2018 – 1.498

    * 2019 – 1.520

    2020 – 1.454

    2021 – 1.353

O novo recorde, pontua o IBGE, ocorreu mesmo diante do aumento do número de pessoas ocupadas no mercado de trabalho.

Conforme aponta o levantamento, a proporção de pessoas com rendimento efetivamente recebido pelo trabalho aumentou de 38,7% para 40,2%. Apesar disso, o rendimento médio efetivamente recebido pelo trabalho teve queda de 4,6%.


Fonte: Metrópoles
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