Furacão Ian deixou mais de 80 mortos nos Estados Unidos

Furacão Ian deixou mais de 80 mortos nos Estados Unidos

Recuperação dos estados atingidos deve custar milhões de dólares

Porto Velho, RO 
- O número de mortes causadas pela passagem do furacão Ian pelos estados da Flórida, Carolina do Norte e Carolina do Sul chegou a 85. A recuperação deve custar milhões de dólares e alguns governantes locais enfrentam críticas sobre a resposta à tempestade.

Pelo menos 85 mortes já foram confirmadas desde que o Ian chegou à costa do Golfo da Flórida, na quarta-feira (28), como furacão de categoria 4, com ventos máximos de 240 quilômetros por hora.

O número de mortos pode aumentar à medida que as equipes de buscas cheguem a áreas mais isoladas.

O estado da Flórida foi o que registrou o maior número de mortes. As autoridades da Carolina do Norte informaram que quatro pessoas morreram. Por enquanto, não há registro de óbitos na Carolina do Sul.

Segundo a CNN, que cita as autoridades locais, "além das 42 mortes no condado de Lee, o furacão também contribuiu para a morte de 12 pessoas em Charlotte, oito em Collier, cinco no condado de Volusia, três em Sarasota, duas no condado de Manatee e uma em Polk".

Centenas de pessoas já foram resgatadas. As buscas prosseguem em casas e edifícios que ficaram inundados.

Os responsáveis no Condado de Lee, que inclui Fort Myers e Cape Coral, enfrentam várias críticas sobre a demora em determinar a retirada de moradores de várias localidades.

As primeiras ordens de retiradas obrigatórias em Lee foram dadas na terça-feira (27), 24 horas antes de o furacão Ian atingir o estado da Florida e um dia depois de outros condados vizinhos adotarem medidas.

Segundo o governador da Florida, Ron DeSantis, “mais de 1.600 pessoas foram resgatadas em partes do sudoeste e centro do estado, desde a semana passada”.

O presidente Joe Biden irá, na próxima quarta-feira 5) à Florida para verificar a devastação provocada pelo furacão Ian.

Nesta segunda-feira, o presidente e a primeira-dama deslocam-se a Porto Rico, onde centenas de milhares de pessoas estão sem energia, duas semanas depois de o furacão Fiona ter atingido a ilha.Cuba ainda tenta restaurar a energia, depois de o Ian ter deixado 11 milhões de casas sem eletricidade e ter destruído casas e campos agrícolas.

Imagens de satélite da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) mostram várias casas de praia e um motel, na ilha de Sanibel, no Estado da Flórida, destruídos.

As imagens mostram ainda que a ilha barreira, área turística onde estavam 6 mil pessoas, ficou arrasada.

“Desapareceu tudo. O nosso sistema elétrico está destruído, o sistema de esgotos ficou danificado e o abastecimento de água potável está sendo analisado”, afirmou ao The Guardian, Dana de Souza, o prefeito da cidade de Sanibel.

A ligação terrestre entre a ilha e o continente foi cortada devido a estragos na ponte, “complicando ainda mais os esforços de recuperação”, acrescentou Souza.

Mais de 700 mil empresas e casas ficaram sem eletricidade na Flórida.

As seguradoras preparam entre US$ 28 mil e US$ 47 milhões em pedidos de indenização. O Ian pode tornar-se a tempestade mais cara da Flórida desde o furacão Andrew em 1992.

Na Carolina do Sul, o Ian provocou estragos em Georgetown e ao norte da histórica cidade portuária de Charleston. Várias estradas ficaram inundadas e bloqueadas pela queda de árvores.


Fonte: Agência Brasil
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