Mercado diminui projeção de inflação deste ano para 5,74%, ainda acima da meta

Mercado diminui projeção de inflação deste ano para 5,74%, ainda acima da meta

 

Mesmo com as seguidas reduções da projeção de inflação, índice ainda está acima do teto da meta

Porto Velho, RO -
 Bancos e corretoras fizeram uma nova revisão para baixo de suas projeções para a inflação deste ano, chegando em 5,74% contra 5,88% na expectativa anterior. Essa é a 14ª semana seguida em que a projeção para esse indicador diminuiu, segundo o relatório Focus publicado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira.

O relatório, que reúne as projeções do mercado para os principais indicadores econômicos, ainda projeta um crescimento de 2,7% no PIB deste ano. A projeção da semana passada era de 2,67%.

Tanto a revisão da inflação para baixo quanto do PIB para cima derivam de medidas como a imposição de um teto para cobrança do ICMS para combustíveis e energia, que vem provocando deflações nos dois últimos meses, e da PEC Eleitoral, que prevê injeção de R$ 41,2 bilhões na economia por meio do aumento do Auxílio Brasil para R$ 600 até o fim do ano e outras medidas.

Apesar do impacto positivo da PEC no crescimento no curto prazo, os efeitos negativos gerados pela incerteza fiscal devem ser duradouros e até rebaixar o crescimento no futuro, apontam especialistas ouvidos pelo GLOBO.

Em 5,74%, a inflação este ano ainda ficará fora do intervalo de tolerância da meta estabelecido para o BC. O centro da meta é de 3,5% com teto de 5% e piso de 2%.

Inflação ainda alta em 2023

Para o ano que vem, a situação prevista pelo mercado ainda é de estouro da meta de inflação pelo terceiro ano consecutivo.

A meta de 3,25%, que se traduz em um teto de 4,75%, seria desrespeitada pela inflação projetada de 5% para 2023, de acordo com o Focus.

Já o crescimento previsto está em 0,53%, um pouco acima do 0,5% previsto na semana passada.

A previsão de mercado para a taxa básica de juros, a Selic, não se alterou para 2022 nem para 2023. Neste ano, a expectativa é de manutenção dos juros em 13,75% como sinalizado pelo BC. Para o próximo, a Selic deve ficar em 11,25%.


Fonte: O GLOBO
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