Brasil apoia resolução da ONU pedindo pausas humanitárias prolongadas em Gaza, mas lamenta ausência de 'fim de hostilidades’

Brasil apoia resolução da ONU pedindo pausas humanitárias prolongadas em Gaza, mas lamenta ausência de 'fim de hostilidades’


Embaixador Norberto Moretti declarou que o texto aprovado é "apenas um primeiro passo nas deliberações do Conselho sobre esse assunto"

Porto Velho, RO - O governo brasileiro chancelou a aprovação da resolução no Conselho de Segurança da ONU que pede uma pausa humanitária na Faixa de Gaza, mas lamentou o fato de o texto não ser mais ambicioso e de não tratar do fim das hostilidades.

No discurso feito após o voto, como apurou o jornalista Jamil Chade, no UOL, a delegação brasileira disse que a aprovação já deveria ter ocorrido há semanas.

"A adoção de uma resolução do Conselho de Segurança sobre as terríveis crises humanitárias e de reféns que estão ocorrendo em Gaza e Israel é certamente bem-vinda", disse o embaixador Norberto Moretti. Segundo ele, o processo de negociação foi "longo e doloroso". O embaixador ainda declarou que o texto aprovado é "apenas um primeiro passo nas deliberações do Conselho sobre esse assunto".

Moretti também deixou claro que o Brasil queria mais do texto aprovado agora. “Infelizmente, a resolução que acabamos de adotar fica aquém dessas medidas ousadas, mas necessárias. Esperamos que, se implementada de fato e com urgência, a decisão de hoje pelo menos mitigue a terrível situação que temos diante de nós”.

A resolução - A resolução pede 'pausas humanitárias urgentes e prolongadas e corredores em toda a Faixa de Gaza por um número suficiente de dias para permitir, de acordo com o direito humanitário internacional, o acesso humanitário completo, rápido, seguro e sem impedimentos para as agências humanitárias das Nações Unidas.' Além disso, a resolução pede a libertação incondicional de reféns pelo grupo palestino Hamas, bem como por outros grupos.

Ela também exige que todas as partes cumpram suas obrigações sob o direito internacional, incluindo o direito humanitário internacional, especialmente no que diz respeito à proteção de civis, especialmente crianças."

Nas discussões, os Estados Unidos votaram contra a emenda da Rússia para a resolução, que teria incluído um apelo para um cessar-fogo humanitário, relatou um correspondente da Sputnik.

A emenda, que foi rejeitada por uma votação de 1 a 5, com nove abstenções, pediria um cessar-fogo humanitário imediato, duradouro e sustentado, levando a uma cessação das hostilidades.

Fonte: Brasil247

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