Porto Velho, RO - A PEC 101 visa conceder plano de saúde aos trabalhadores da extinta Sucam que manusearam do Dicloro-Difinil-Tricloroetano – DDT e o BenzeneHexachloride – BHC, utilizados especialmente ao combate à malária, doença de chagas e que causou graves problemas de saúde aos trabalhadores. Trabalhadores que até metade na década de 80, não dispunham de transporte regular para cumprir o trajeto de sua área de cobertura, contava-se com veículo para deslocá-los para o início de cada itinerário e a partir dali, à pé, carregavam todo o material de trabalho e os pertences pessoais, sem equipamentos de proteção individual - EPI, muitas vezes por falta de esclarecimentos bebiam água no próprio recipiente onde preparavam o pesticida, pernoitando em locais inadequados e dormindo as vezes no espaço onde armazenavam o DDT.
Passado quinze anos desde meados da primeira década dos anos 2000, quando do surgimento dos primeiros indícios da intoxicação dos servidores e com a discussão da primeira proposição em 2007, até a edição da PEC 101/2019, inúmeros óbitos desse grupo de trabalhadores ocorreram.
Foram várias reuniões e mobilizações em Brasília em busca de apoio dos parlamentares para que a PEC avance pela Casa Legislativa e, atualmente, a PEC atualmente se encontra na mesa do Presidente da Câmara dos Deputados Federais Deputado Arthur lira, para que seja criado Comissão Especial e após a tramitação ser submetida à votação.
“O que nós estamos cobrando é que o Estado arque com o custeio do plano de saúde dos ex servidores que durante muitos anos trabalharam com um inseticida que foi comprovado seu alto nível de toxidade. Muitos já não estão mais entre nós e outros pagam o preço com a sua saúde debilitada. A aprovação da PEC 101 é urgente e necessária”, frisou o Presidente do Sindsef, Almir José.
Em 2023 o Sindsef trabalhou ativamente para possibilitar que mais servidores pudessem realizar o exame do DDT, através de mutirões de exames. Em Porto Velho, por exemplo, a coleta foi realizada em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) e nas 20 coordenações do Sindsef, foi disponibilizado coleta para exames laboratoriais para os servidores que trabalharam com os pesticidas para subsidiar