Articulações de bastidores na Câmara de Porto Velho: manobras e ameaças ao novo prefeito Léo Moraes

Articulações de bastidores na Câmara de Porto Velho: manobras e ameaças ao novo prefeito Léo Moraes

Léo se elegeu sem grandes amarras políticos, mas alguns vereadores, com apoio externo à Câmara, querem colocar um "cabresto" nele

Porto Velho, RO - Em meio às movimentações políticas para a definição da nova mesa diretora da Câmara de Vereadores de Porto Velho, surgem rumores que lançam um alerta preocupante sobre o futuro da cidade. As articulações de bastidores para os próximos dois biênios (2025-2026 e 2027-2028) envolvem conversas não republicanas, onde promessas de influência, acordos obscuros e até a assinatura de supostas promissórias de valores milionários por parte de alguns vereadores ameaçam as bases democráticas da capital rondoniense.

As informações indicam que um grupo de parlamentares, composto por uma maioria expressiva, estaria negociando posições de poder absoluto na futura administração municipal, exigindo que o prefeito eleito, Léo Moraes (Podemos), ceda secretarias "de porteira fechada", além de cargos estratégicos na estrutura da Prefeitura. Caso contrário, este grupo promete impedir a aprovação de qualquer proposta do Executivo que não atenda aos seus interesses, numa chantagem explícita contra a vontade popular expressa nas urnas.

Este tipo de articulação, já conhecido no estado de Rondônia, remete a manobras obscuras de outras épocas, como nas operações Apocalipse e Dominó, que revelaram redes de corrupção e domínio político e empresarial que mancharam a história do estado. A memória coletiva de Porto Velho ainda carrega as consequências destas práticas, que levaram à prisão figuras de grande influência na política e no empresariado local, e que colocaram em cheque a confiança pública nos representantes.

Entre os vereadores, Everaldo Fogaça (PSD), que já distribuiu nota à imprensa, destaca-se por sua postura contrária a estas negociações. Segundo ele, a vontade popular deve prevalecer, pois o escolhido para administrar Porto Velho é Léo Moraes, e não os vereadores, que, em suas palavras, deveriam se limitar a fiscalizar o Executivo e exercer seu mandato com independência e respeito aos poderes. Fogaça critica a articulação de seus colegas, afirmando que não compactua com as supostas práticas que comprometam a transparência e os interesses da população.

Outros vereadores, pelo menos oito que não se alinham a este esquema de manipulação, têm sido isolados do grupo articulador. Estes parlamentares encontram-se sem voz no processo de escolha da nova mesa, sem acesso a diálogos ou decisões internas, evidenciando uma tentativa de monopolizar o poder e instaurar um regime de interesses próprios na Câmara Municipal.

A falta de diplomação e aprovação das contas dos vereadores eleitos, que ainda não tomaram posse, não tem impedido a formação de alianças de poder nos bastidores. Se os primeiros passos já demonstram este tipo de comportamento, o que esperar da atuação dos futuros vereadores quando assumirem suas funções oficialmente em janeiro de 2025? A população de Porto Velho deve estar alerta e ciente dos movimentos de seus representantes, pois é sobre as suas vidas que recaem as decisões do Legislativo.

Para o prefeito eleito Léo Moraes e, principalmente, para a população de Porto Velho, o futuro parece incerto e desafiador. As práticas que comprometem o andamento de uma administração municipal livre e justa precisam ser observadas de perto, pois a cidade e seus cidadãos não podem ser reféns de jogos de poder que atentem contra a democracia. Que o novo governo e a cidade de Porto Velho encontrem força para enfrentar as pressões políticas e consigam agir em favor do desenvolvimento que a população almeja e merece.

Fonte: TudoRondônia
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