Porto Velho, RO - Na manhã desta segunda-feira, 26 de maio, foi realizada a segunda edição do Projeto Salus na Aldeia, promovido pelo Centro Universitário Aparício Carvalho – FIMCA, em parceria com a 17ª Brigada de Infantaria de Selva do Exército Brasileiro e o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) de Rondônia. A iniciativa ofereceu serviços de saúde e ações de humanização ao povo Karitiana, reafirmando o compromisso institucional com a inclusão e o respeito à diversidade cultural.
Participaram da ação acadêmicos dos cursos de Medicina, Odontologia, Biomedicina, Psicologia e Fisioterapia, que tiveram a oportunidade de vivenciar a prática humanizada de suas futuras profissões. Os atendimentos foram realizados diretamente na comunidade indígena, em um modelo de extensão universitária que une conhecimento técnico, empatia e responsabilidade social.
Atendimento integral e interdisciplinar
Os estudantes de Medicina, sob supervisão de docentes, realizaram atendimentos nas especialidades de Clínica Geral, Pediatria e Ginecologia. A equipe de Biomedicina foi responsável pela coleta de sangue para exames laboratoriais e testagens rápidas de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Já os acadêmicos de Odontologia realizaram procedimentos como limpeza, extração dentária e adaptação de próteses.
A Psicologia promoveu rodas de conversa e escuta com as crianças da aldeia, tratando de temas relacionados ao bem-estar emocional e fortalecimento de vínculos. A equipe de Fisioterapia ofereceu atendimentos focados no alívio de dores musculares e articulares, além de orientações para prevenção de doenças e promoção da qualidade de vida.
Reconhecimento e expansão do projeto
Segundo o Coronel Heber, representante da 17ª Brigada, o Projeto Salus já se tornou uma referência regional e vem sendo replicado em outros estados da Região Norte, como Acre e Amazonas. “A ideia de celebrar o Dia de Saúde do Exército, comemorado em 27 de maio, com ações de impacto social nas comunidades indígenas, se expandiu e hoje acontece de forma simultânea em diversos quartéis”, afirmou.
Voz da comunidade
Durante a cerimônia de abertura, o Cacique Antonio Karitiana expressou a gratidão de seu povo. “O povo Karitiana agradece à FIMCA e ao Dr. Aparício Carvalho por trazer saúde para nossa aldeia. Essa atenção e esse cuidado são muito importantes para nós. Ficamos felizes por sermos lembrados e acolhidos”, declarou o líder indígena, emocionado com a presença dos acadêmicos e autoridades.
Autoridades presentes e compromisso com o futuro
O vice-reitor da FIMCA e deputado federal, Dr. Maurício Carvalho, esteve presente na aldeia, onde conversou com as lideranças Karitiana para entender outras necessidades da comunidade. “Além de trazer serviços de saúde, nosso objetivo é também ouvir e buscar soluções para a educação das crianças indígenas. Energia elétrica de qualidade e ensino estruturado são fundamentais para transformar o futuro dessas famílias”, destacou.
O diretor-presidente do Grupo Educacional Aparício Carvalho, Dr. Aparício Carvalho, também acompanhou a ação e reforçou a importância do projeto. “Minha relação com o povo Karitiana é antiga, desde os tempos em que servi como médico no Exército. Retornar aqui e ver nossos alunos contribuindo com a saúde indígena me emociona e me enche de orgulho”, declarou.
Valorização acadêmica e social
A reitora da FIMCA, Dra. Mariana Carvalho, participou da cerimônia de abertura e parabenizou todos os envolvidos. Em mensagem aos acadêmicos, ressaltou: “Que o cuidado e o empenho de vocês pelos povos indígenas não terminem aqui. Que esse compromisso se estenda por toda a trajetória profissional de cada um”.
A coordenadora da ação, Dra. Alcione Santos, destacou que o sucesso da segunda edição do projeto se deve ao engajamento dos estudantes. “O entusiasmo e a dedicação dos nossos acadêmicos são os pilares do Salus. É gratificante ver o quanto eles se doam para levar saúde, carinho e escuta às comunidades mais vulneráveis”, concluiu.