Porto Velho, RO – O memorando de entendimento assinado entre Brasil e China para construção da Ferrovia Transcontinental promete reposicionar Rondônia no mapa logístico global. O ambicioso projeto, que conectará o Porto do Açu (RJ) ou Ilhéus (BA) ao Porto de Chancay no Peru, terá um trecho estratégico cortando o estado, criando novas oportunidades para o agronegócio local.
Com investimento estimado em US$ 10 bilhões, a ferrovia de aproximadamente 4.500 km reduzirá em até 12 dias o tempo de transporte de commodities brasileiras para a China, eliminando a dependência do Canal do Panamá. Para Rondônia, isso significa:
- Redução de custos logísticos para exportação de soja, milho e carne bovina
- Integração com os corredores da BR-319 e BR-364
- Atração de centros de distribuição e indústrias de processamento
- Geração de milhares de empregos diretos e indiretos
O governador Marcos Rocha já manifestou apoio ao projeto, destacando que Rondônia deixará de ser "fim de linha" para se tornar passagem obrigatória no comércio entre continentes. O traçado prevê conexão com a Ferrovia EF-354 e terminais multimodais em Ji-Paraná e Porto Velho.
Apesar do entusiasmo, o projeto enfrenta desafios ambientais, com estudos detalhados necessários para minimizar impactos na Amazônia. O cronograma prevê cinco anos para conclusão dos estudos de viabilidade, com início das obras nas primeiras etapas a partir de 2026.
Foto: Ilustrativa/Divulgação Imagens da Internet
Fonte: Rondonia10