Dólar opera instável e vai a R$ 5,55 com incerteza internacional; Bolsa tem leve alta

Dólar opera instável e vai a R$ 5,55 com incerteza internacional; Bolsa tem leve alta

   

Câmbio mantém maior patamar em 6 meses; mercados operam pressionados pela aceleração da inflação aos consumidores nos EUA e início da temporada de divulgação de balanços corporativos

Porto Velho, RO - Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro operam nesta quarta-feira, 13, sem grandes variações com incertezas no cenário internacional. Dados dos Estados Unidos divulgados nesta manhã mostraram o aumento da inflação aos consumidores acima do esperado pelo mercado, com forte impacto do encarecimento da energia e dos alimentos. O clima inseguro faz o dólar operar sem direção definida, mas segura a cotação no maior patamar em seis meses. Por volta das 11h40, o câmbio registrava alta de 0,18%, a R$ 5,547. A moeda chegou a bater máxima de R$ 5,559, enquanto a mínima não passou de R$ 5,512. A divisa norte-americana encerrou a sessão de segunda-feira, 11, com elevação de 0,38%, a R$ 5,537. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, operava com leve alta de 0,27%, aos 112.479 pontos. O último pregão fechou com queda de 0,58%, aos 112.180 pontos.

Os preços ao consumidor dos EUA (CPI, na sigla em inglês) foi a 0,4% em setembro, na comparação com agosto, de acordo com dados do Departamento do Trabalho. Na variação anual, o indicador, considerado um dos principais indicadores da inflação norte-americana, registrou alta de 5,4%, o mais expressivo desde janeiro de 1991. O resultado foi mais forte do que o projetado pelos analistas. Assim como em outras partes do globo — incluindo o Brasil —, o aumento da energia elétrica foi um dos grandes vilões da inflação no mês. Descontando a tarifa energética e o preço dos alimentos, o CPI registrou variação de 0,2% no mês, e 4% na base anual. Os EUA também sofrem com o forte reajuste dos combustíveis, com alta de 1,2% na gasolina, totalizando elevação de 42,1% em um ano. O aumento da inflação intensifica os temores do mercado para a redução dos estímulos monetários do Banco Central dos EUA (Fed, na sigla em inglês), que já deu sinais de aumento dos juros e corte da compra de títulos públicos nos próximos meses. Ainda no noticiário internacional, esta semana inicia a temporada de divulgação de resultados das empresas no terceiro trimestre, que deve acrescentar nova volatilidade aos indicadores.

No cenário doméstico, a inflação também é assunto central na pauta dos investidores. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 1,16% em setembro, puxado principalmente pela alta da energia elétrica. O resultado fez o acumulado dos 12 meses romper a barreira dos dois dígitos e ir a 10,25%, o índice mais elevado desde fevereiro de 2016. O mercado financeiro revisou para cima a perspectiva do IPCA em 2021 e 2022 para 8,59% e 4,17%, respectivamente. A evolução da inflação forçou o Banco Central a acelerar a trajetória de elevação dos juros. A autoridade monetária subiu a Selic a 6,25% ao ano ao acrescentar 1 ponto percentual na taxa na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), e afirmou que deve manter esse ritmo no próximo encontro. O mercado espera que a Selic encerre este ano a 8,25%, e vá a 8,75% em 2022.

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