Denúncias de abuso deixam jogadoras dos EUA exaustas, afirma Rapinoe

Denúncias de abuso deixam jogadoras dos EUA exaustas, afirma Rapinoe

Investigação considera sistêmica má conduta sexual no futebol feminino

Porto Velho, RO
- A estrela norte-americana do futebol feminino Megan Rapinoe disse nesta quinta-feira (6) que ela e suas colegas da seleção dos Estados Unidos estão irritadas e exaustas após um relatório contundente sobre alegações de abuso e má conduta sexual na Liga Nacional de Futebol Feminino (NWSL).

A investigação independente divulgada na segunda-feira (3) revelou que o abuso de jogadoras no futebol profissional feminino nos Estados Unidos é sistêmico e que a NWSL e o órgão regulador do futebol norte-americano falharam em proteger adequadamente as jogadoras.

"É muito triste dizer isso, mas de certa forma acho que estamos acostumadas a ter que lidar com uma coisa ou outra", disse Rapinoe antes do amistoso de sexta-feira (7) contra a Inglaterra no Estádio de Wembley. “Isso parece nos aproximar e definitivamente unificar a equipe e é apenas um desses ambientes íntimos em que estamos, e no qual estamos acostumadas a enfrentar muito, e a jogar nesse tipo de condição”.

A atleta duas vezes vencedora da Copa do Mundo também disse sentir que era imperativo ver os responsáveis serem punidos, e destacou o proprietário do Portland Thorns, Merritt Paulson, e o proprietário do Chicago Red Stars, Arnim Whisler, que foram nomeados no relatório.

Após a divulgação do relatório, Paulson se retirou da tomada de decisões da equipe enquanto Whisler foi demitido como presidente, mas também não indicou planos de vender a equipe.

"Não acho que Merritt Paulson esteja em condições de ser o dono desse time. Não acho que Arnim esteja em condições de ser o dono do Chicago", disse Rapinoe. "Precisamos ver essas pessoas indo embora. Então, as pessoas que estão em condições e que vão cuidar do jogo, respeitar o jogo, ajudar o jogo a crescer, e da melhor maneira possível, podem substituí-los."

Embora Rapinoe tenha reconhecido que tem sido um período difícil para os membros da seleção norte-americana, ela estava grata por estar junto com suas companheiras de equipe e ansiosa pela distração bem-vinda de estar em campo.

"Estamos com raiva, exaustas, juntas e unidas, então é tudo isso. Mas é bom estar aqui juntas, como um time", disse Rapinoe. "Ser capaz de estar em campo para ter não apenas um técnico, mas uma equipe inteira que nos apoia totalmente dentro e fora de campo, com a qual podemos entrar em campo e fazer nosso trabalho, é algo que acho que é um porto seguro para todas nós."


Fonte: Agência Brasil
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