Porto Velho, RO – A Polícia Militar de Rondônia emitiu uma nota oficial na noite de domingo (23) rebatendo as declarações do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Incra, que acusaram as equipes de terem cercado uma reunião com posseiros em Machadinho D’Oeste. A corporação afirmou que a ação fazia parte da “Operação de Reintegração e Manutenção de Posse”, com base em quatro processos judiciais.
De acordo com a PM, patrulhas em missão de manter a posse souberam de uma reunião com integrantes de três acampamentos e, acompanhadas de um oficial de Justiça, dirigiram-se ao local. A corporação relatou que representantes do Incra tentaram impedir a entrada das equipes, e que os policiais aguardaram cerca de três horas no local.
A PM afirmou que estabeleceu um dispositivo de segurança ao redor do galpão para “evitar fuga de possíveis foragidos”, mas negou que tenha havido restrição de acesso a água e alimentos. Segundo a nota, duas pessoas foragidas da Justiça foram recapturadas durante a ação.
O comandante-geral da PM, coronel Régis Wellington Braguin, criticou a conduta de um servidor do MDA. “Não é normal que um servidor do MDA oriente pessoas a não se identificarem à Polícia Militar”, declarou, acrescentando que a atitude “dificulta o cumprimento da ordem judicial”. Braguin reafirmou que a corporação “não atua por narrativa, não atua por pressão — atua pela lei”.
A operação, que ocorreu entre os dias 17 e 21 de novembro, envolveu 82 policiais, 22 viaturas e contou com apoio do Corpo de Bombeiros e assistentes sociais.
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