Flamengo e Palmeiras fazem jogo de alto nível e com muita emoção, mas ficam no zero no Maracanã

Flamengo e Palmeiras fazem jogo de alto nível e com muita emoção, mas ficam no zero no Maracanã

Equipes alternam chances, mas cariocas terminam com maior consistência

Porto Velho, RO
- Cinco meses depois da final da Libertadores, Flamengo e Palmeiras fizeram um jogo ainda melhor pelo Brasileiro, que terminou em igualdade e sem gols mais pela qualidade das equipes do que pela incompetência ou erro fatal de algum jogador. 

Em casa, com quase 70 mil presentes e recorde de público no Maracanã, o Flamengo de Paulo Sousa comprovou seu momento de crescimento e teve consistência ofensiva por 90 minutos contra a equipe melhor estruturada do Brasil, sob o comando do também português Abel Ferreira. 

Após vitória sobre o São Paulo, o empate não interrompe a subida de desempenho coletivo e individual de nomes como Éverton Ribeiro e Arrascaeta, em mais uma bela apresentação. Gabigol, que não foi tão decisivo, disse que a equipe está em um bom caminho.

— Tem um planejamento que a gente está seguindo. O Mister chegou com ideias diferentes, que no Brasil não é muito comum, é normal alguns estranharem, rodou o time, colocou em posições diferentes e agora a gente vem crescendo — declarou o camisa nove.

Depois de um primeiro tempo muito equilibrado e com três chances para cada lado, o Flamengo dominou a segunda etapa e esteve mais próximo da vitória. As principais chances foram nos pés de Arrascaeta, que colocou duas bolas na trave no primeiro tempo. 

Uma de fora da área e outra em passe de Gabigol. Mesmo assim, o ponto conquistado mantém o time carioca no G-4, em terceiro lugar. No sábado, o adversário será o Athletico-PR, em Curitiba.

Para o Palmeiras, que só havia conquistado um ponto em duas rodadas, o empate tem gosto amargo. No início, o time assustou com boa atuação de Dudu e Rafael Veiga, e no fim da etapa inicial Danilo obrigou Hugo a fazer uma defesa difícil. 

No segundo tempo, o Palmeiras recuou para buscar espaços para o contra-ataque, mas não encaixou nenhuma bola. De qualquer forma, o resultado mantém a equipe paulista na parte debaixo da tabela antes do clássico com o Corinthians, no sábado.

O jogo no Maracanã se notabilizou ainda por uma arbitragem que deixou a bola rolar, e não parou as jogadas com qualquer falta reclamada. O Flamengo teve boa fluidez em seu jogo quando a bola passava por Éverton Ribeiro. Mas as jogadas mais perigosas do primeiro tempo tiveram participação de Lázaro, que na etapa final caiu de produção. 

Por outro lado, Arrascaeta cresceu no jogo, tornando-se responsável pelas principais jogadas ao lado de Ribeiro quando o Palmeiras abaixou suas linhas. Com muitas faltas, o time paulista conteve o ímpeto ofensivo do Flamengo.

O time rubro-negro iniciou a partida demonstrando vulnerabilidade quando perdia a bola no ataque. A transição defensiva era problemática e foi bem aproveitada em bolas longas do Palmeiras, sobretudo do goleiro Weverton. Quando encaixou melhor seus volantes, e mobilizou meias e atacantes, o Flamengo ficou mais compacto e não deu mais espaços. 

Os ajustes feitos por Paulo Sousa redundaram em um momento de discussão áspera com Willian Arão. O técnico queria mais intensidade e jogo para frente, não bolas para o goleiro Hugo. Mas foi importante o ajuste na última linha para que o Palmeiras não surpreendesse. Isla, de volta ao time titular, subiu menos que o esperado, pois se preocupou bastante com a marcação. 

O que levou o técnico Abel Ferreira a explorar a lentidão de Filipe Luís do outro lado. Quando David Luiz saía para o jogo e o Flamengo perdia a bola, havia muita desorganização, problema que foi corrigido no segundo tempo.

Mais equilibrado, com Thiago Maia e João Gomes menos preocupados em desarmar, e com mais espaço para avançar, o Flamengo teve mais posse de bola, mas contra uma linha de defesa numerosa Paulo Sousa precisou lançar Marinho para ter mais profundidade. As principais jogadas foram faltas e chutes de fora da área. A estratégia do Palmeiras parecia priorizar o ponto conquistado.


Fonte: O GLOBO
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