Governador Castro e Ministro Lewandowski detalham cooperação e reforço federal após megaoperação com 119 mortos
O Governo do Rio de Janeiro e o Ministério da Justiça e Segurança Pública anunciaram, em coletiva na noite desta quarta-feira (29), uma cooperação entre os governos estadual e federal para o enfrentamento ao crime organizado no estado. O anúncio, feito pelo governador Cláudio Castro e pelo ministro Ricardo Lewandowski, ocorre após uma operação policial que resultou na morte de 119 suspeitos.
O governador Cláudio Castro destacou a importância da união das forças para a segurança da população. "Independente de erros ou acertos, saímos daqui hoje com uma grande oportunidade", disse Castro.
Ações Coordenadas e Reforço Federal
Cláudio Castro informou que o governo federal ofereceu apoio imediato, o que inclui a criação de um Escritório Emergencial para o combate ao crime organizado e ações coordenadas com a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O ministro Lewandowski detalhou que a cooperação prevê:
- Ampliação do efetivo federal no estado;
- Intensificação das operações de inteligência;
- Realização de ações conjuntas entre as forças federais e estaduais.
O Escritório Emergencial, segundo Lewandowski, não será uma estrutura permanente, mas permitirá decisões rápidas para superar a crise.
Detalhes da Megaoperação Policial
A operação, realizada na terça-feira (28), é considerada a maior da história do Rio de Janeiro e teve como objetivo principal combater a expansão do Comando Vermelho (CV) e prender lideranças criminosas que atuam no Rio e em outros estados, como o Pará.
O confronto durou mais de 12 horas e causou 119 mortes, sendo 58 corpos encontrados no dia da ação e outros 61 localizados em uma mata nesta quarta-feira (29). Além das vítimas fatais, a operação deixou três moradores feridos com balas perdidas.
As forças de segurança prenderam 113 suspeitos — 33 deles vindos de outros estados — e apreenderam 10 menores. Foram recolhidas 118 armas, incluindo 91 fuzis, além de explosivos e drogas.
Após o confronto, o dia seguinte amanheceu com a presença de corpos espalhados e enfileirados na Praça São Lucas, no complexo da Penha. O ativista Raull Santiago relatou o drama dos moradores que sentiram “cheiros de pessoas mortas” na comunidade.
Fonte: CNN Brasil
