Porto Velho, RO – A Polícia Federal (PF), em conjunto com a Inteligência da Previdência Social, deflagrou a Operação Autolycus na manhã desta segunda-feira (17) para combater uma organização criminosa especializada em fraudes no INSS. O esquema funcionava por meio da cooptação de servidores públicos, que eram aliciados ou ameaçados para reativar e conceder benefícios de forma ilegal.
Tudo começou em agosto de 2024, quando um servidor do INSS lotado em Porto Velho denunciou à PF que havia sido abordado por criminosos com uma proposta para integrar o esquema. Após ele recusar a oferta, os investigados passaram a ameaçá-lo com represálias administrativas e até exoneração do cargo.
Com base na denúncia, os agentes federais conseguiram prender em flagrante um dos integrantes da quadrilha, que havia viajado do estado do Pará até Porto Velho exclusivamente para aliciar servidores. As investigações apontaram que o grupo usava múltiplos números de telefone e se hospedava em diferentes cidades de Rondônia para recrutar funcionários públicos.
As apurações revelaram que a organização atuava em vários estados brasileiros. A tática dos criminosos incluía analisar o histórico funcional dos servidores para identificar aqueles com possíveis vulnerabilidades, aos quais eram então feitas ofertas de vantagens ou aplicadas ameaças para forçar a participação nas fraudes.
A 7ª Vara Federal Criminal de Rondônia autorizou mandados de busca e apreensão, cumpridos nesta segunda. O material coletado será analisado. Os envolvidos podem responder por crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e inserção de dados falsos em sistemas do governo.
Foto/reprodução
